IMPRENSA OFICIAL - ITUPEVA

Publicado em 09 de março de 2023 | Edição nº 827 | Ano V

Entidade: Poder Executivo | Seção: Atos Oficiais | Subseção: Leis


LEI Nº 2.325, DE 03 DE MARÇO DE 2023

Denomina a Rua A do Loteamento Betelli, Município de Itupeva, Estado de São Paulo, de RUA DEOLINDA MARCHI BETELLI.

ALEXANDRE RIBEIRO MUSTAFA, Prefeito em exercício do Município de Itupeva, Estado de São Paulo, de acordo com o que decretou a Câmara Municipal de Itupeva na Sessão Ordinária realizada no dia 27 de fevereiro de 2023, PROMULGA a presente Lei:

Art. 1º A rua A do Núcleo Informal denominado Loteamento Betelli, neste Município de Itupeva, Estado de São Paulo, passa a denominar-se RUA DEOLINDA MARCHI BETELLI.

Art. 2º Faz parte integrante da presente Lei o croqui da via pública a ser denominada, bem como a descrição perimétrica e biografia da pessoa homenageada.

Art. 3º As despesas com a execução da presente Lei correrão por conta de verbas próprias orçamentárias, suplementadas se necessário.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Itupeva, 03 de março de 2023; 57º da Emancipação Política do Município.

ALEXANDRE RIBEIRO MUSTAFA

Prefeito Municipal em exercício

Publicada na Secretaria Municipal de Gestão Pública e Registrada na Secretaria de Assuntos Jurídicos e Fundiários da Prefeitura Municipal de Itupeva, na data supra.

YASMIN GODOY FLORIM

Secretária Municipal de Gestão Pública Interina

PERCY JOSE CLEVE KUSTER

Secretário Municipal de Assuntos Jurídicos e Fundiários

Lei n° 2.325/2023 02

BIOGRAFIA:

DEOLINDA MARCHI BETELLI

Deolinda Marchi Betelli, descendente de italianos, nasceu no dia 18 de setembro de 1932, em Itupeva, quando ainda era bairro pertencente a Jundiaí, antes de se tornar município.

Seu pai, José Marchi, era empreendedor local e trabalhava em diferentes negócios com a ajuda de Deolinda e seus sete irmãos: Luiz, Pedro, Maria, Valdomiro, Theolindo, Mafalda e Antônio. Sua mãe, Rachel Delaqua Marchi, foi dona de casa e se dedicava a cuidar do lar e de sua família.

A família sempre foi católica e a mãe era devota de São Sebastião. Deolinda, desde muito jovem, cuidava da limpeza e decoração da Igreja de São Sebastião, hoje Igreja Matriz de Itupeva. No dia de seu casamento foi ela mesma quem se encarregou de enfeitar a Igreja.

Deolinda era muito ativa e trabalhadora, acordava de madrugada para fazer tijolos na olaria de seu pai, apesar de ter o sonho de se tornar enfermeira. Sonho que não foi possível realizar, pois com seu trabalho na olaria ajudava no sustento da família. Então ela só cursou até o terceiro ano primário.

Em 21 de junho de 1951, com dezoito anos, casou-se com José Betelli. Desse casamento nasceram três filhos: Claudete Betelli, Valdir Donizete Betelli e Vitória de Fatima Betelli.

Deolinda e seu marido foram morar no Bairro Medeiros, na casa dos sogros, Costante Betelli e Vitória Pilon Betelli, e assim ela continuou trabalhando com a fabricação de tijolos, na olaria da família Betelli.

No início do casamento seu marido adoeceu e ela aprendeu a aplicar injeção, para possibilitar seu tratamento, pois moravam em um sítio onde não havia transporte público. A partir de então, todos da vizinhança procuravam Deolinda quando precisavam tomar injeção. Ela sempre aplicava com todo cuidado, dedicação e boa vontade, sem nada cobrar pelo trabalho.

Mais tarde, quando seu sogro dividiu a propriedade onde moravam entre os filhos, coube à Deolinda e seu marido, José Betelli, uma gleba de terras sem plantação e sem nenhuma casa. Essa propriedade passou a se chamar “Chácara Santa Bárbara”, e Deolinda, muito dedicada ao trabalho, fez os tijolos para sua própria casa na olaria da família.

Juntamente com seu marido, construíram a casa com tijolos e barro, para onde se mudaram com seus três filhos: Claudete, com 07 anos, Valdir, com 04 anos e Vitória, com 02 anos de idade. Nessa mesma época eles fizeram uma plantação de uvas e outras lavouras de milho, feijão e arroz, de onde tiravam o próprio sustento. Deolinda, desde então, passou a trabalhar na roça ajudando seu marido, além de cuidar da casa e dos filhos.

Embora Deolinda e seu marido não tivessem concluído o curso primário, eles não mediram esforços para garantir a formação de seus três filhos no nível superior, aos quais também ensinou a importância de boa conduta e honestidade.

Lei n° 2.325/2023 03

Deolinda era uma pessoa extrovertida e simpática, sempre foi muito querida por todos que a conheciam ganhando o apelido de Dióla. Gostava de fazer tricô, blusas, meias, pulôver, sapatinhos de lã para presentear as pessoas queridas com tais peças de roupa. Estava sempre com o rádio ligado ouvindo programas musicais e, por vezes, acordava assobiando algumas canções.

O casal viveu unido em um casamento que durou 60 anos, até que 05 de agosto de 2011, seu marido, José Betelli, faleceu com 94 anos, faltando três dias para o seu nonagésimo quinto aniversário.

Quando a idade foi avançando, Deolinda desenvolveu uma cardiopatia e pressão alta, o que acabou acarretando sua morte em 05 de agosto de 2017, exatos seis anos após o falecimento de seu marido, acometida de um AVC, aos 85 anos.

Deixou um legado de amor, boa vontade, colaboração, superação de dificuldades financeiras e exemplo de honradez e boa postura em relação à sociedade. Deixou, também, muita saudade no coração dos familiares e dos inúmeros amigos e amigas que com seu imenso carisma soube conquistar durante a vida.


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